quinta-feira, 26 de março de 2009

Para quem acha que adolescente só usa micro para falar no MSN I

Recomendo a leitura do post de Ana Beatriz Gomes sobre um vídeo que ajudou a ela a converter um projeto no camtasia para avi.

http://anabeatrizgomes.blogspot.com/2009/03/um-jovem-professor-virtual.html

Recomendo a visitação constante do blog de Ana Beatriz , http://anabeatrizgomes.blogspot.com. Lá sempre um texto bom, uma novidade ou fato curioso sobre tecnologias e educação.

Escolas primárias podem ter aulas de Twitter e Wikipedia no Reino Unido

Notícia do IDG NOw.

Resumo: Um rascunho de projeto de reforma curricular nas escolar primárias no Reino Unido aontando para tornar contúdo curricular as tencologias digitais vazou e está gerando polêmica na Inglaterra.

Para ler a notícia na íntegra, siga o link:

Escolas primárias podem ter aulas de Twitter e Wikipedia no Reino Unido - Internet - IDG Now!


Comentário:
Concordo que as escolas e os professores devem repensar o currículo em função das novas demandas sociais (ter um perfil interessante no orkut pode lhe ser tão útil quanto ter um currículo bem atualizado, por exemplo). Entre os objetivos da proposta, está dito na matéria que:

"as crianças devem deixar o ensino primário familiarizadas com blogs, podcasts, a Wikipedia e o Twitter como fontes de informação e meios de comunicação. Elas devem ganhar 'fluência' em escrita manual e digitação, aprender a usar um corretor ortográfico e a soletrar palavras.”

O vazamento da minuta deste projeto causou polêmica, segundo a matéria:

"O vazamento do rascunho do projeto gerou represálias por parte de sindicatos de professores, que alegam não terem sido consultados para a elaboração da proposta, bem como de especialistas que tiveram um prazo de três dias para apresentarem um parecer sobre o projeto."

De forma geral, penso ser válida a iniciativa de propor mudanças curriculares, mas o que deixa a desejar é a forma como propostas de modificações curriculares, envolvendo ou não tecnologias, aparecem via agentes externos, sem ouvir especialistas nem, sobretudo, professores. O caso é no Reino Unido, mas bem poderia ser aqui na terra brasilis.

Os professores estão em contato direto com o público, sabem, mesmo sem querer que sites os alunos navegam e a que redes eles estão se conectando. A "sintonia fina" de que recursos empregar e que tecnologias utilizar. eles é quem atuam como mediadores culturais junto aos alunos e são aqueles que estão em posição mais privilegiada de dizer algo sobre reformas curriculares.

No que se refer as qeustões mais tecnológicas, as intenções são boas, mas aguardo que os proponentes se prendam o mínimo possível a recursos e serviçoes. Propostas como ensinar "twitter", por exemplo, por ensinar, são meio precárias e parecem admirar a onda telemática por debaixo em vez de surfar sobre ela. Alunos, em meu entendimento, precisam de uma formação ampla e lidar com tecnologias as mais diversas. O twitter, por melhor que seja o recurso, é apenas uma delas. Ademais, tais serviços são efêmeros. Se o serviço "twitter", transformado em componente currícular, o que se ensinará no lugar dele?

A ideia parece ser promissora, mas acho que o vazou do documento deve ter sido a anotação de guardanapo que estava em meio ao rascunho do projeto, feita numa dessas reuniões de brainstorm (também conhecidas como "fuzuê de toró de palpite"). Espero que o projeto final ouça a todos os atores e se preocupe mais com conceitos que com funcionalidades.