terça-feira, 20 de setembro de 2011

Outro uso com o CMapTools: resumos coletivos

Esta postagem é uma postagem complementar a uma outra, sobre mapas conceituais e mapas mentais, que você pode ler clicando aqui. Refere-se a um uso do software CmapTolls na prática pedagógica. Consiste em utilizá-lo como um visualizador das discussões de um grupo acerca de um tema ou texto específico.

Para realizar esse trabalho, precisa de um laptop com o CMapTools instalado e datashow. A dinâmica funciona um pouco assim. O grupo todo lê o texto todo. Depois, dividem-se em grupos menores, que farão apontamentos sobre trechos deste texto. Ao final, os grupos relatam as partes mais importantes do texto para os demais grupos. Todos podem intervir e contribuir a qualquer momento.

Eu mesmo ou algum aluno fica designado para digitar os apontamentos dos grupos. Ao final, temos apontamentos do texto feito pelos grupos, na forma de um resumo coletivo, que vai sendo construído na relação entre grupos, mediado pelo software. O resultado de uma discussão do texto discutido na disciplina de Educação Inclusiva ficou assim

Figura 1 - Resumo Coletivo sobre os apontamentos de DENARI, F. Um novo olhar sobre Educação Inclusiva: da segregação à inclusão. In: Rodrigues, David. Educação e Incusão: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus Editorial. 2006

Claro, não se trata de um uso nobre do CMapTools, voltado para a construção de mapas que representem o pensamento, segundo os apontamentos da pedagogia de conceitos de Joseph Novak, idealizador do software.

Até mesmo pode-se pensar ser uma subutilização do software. Mas, pensando na dificuldade de agendamento de laboratórios de informática, de por mapas conceituais em rede com minhas habilidades de docente que gosta de tecnologia mas não é nerd, trata-se de um uso em sala de aula convencional, que vem funcionando com bons retornos de parte dos alunos. Fica aí a sugestão.

Mapas Conceituais e Mapas Mentais

Volto hoje ao tema dos mapas conceituais e mapas mentais, a partir de outra postagem sobre o tema, que pode ser encontrada aqui.

São a mesma coisa? Não são.

Mas o que são mapas mentais? Mapas mentais são, de forma muito, mas muito sintetizada, versões digitais dos velhos esquemas que a gente fazia para estudar uma matéria, que ficavam em folhas no meio dos livros ou mesmo nas bordas das páginas, ou em blocos de anotações. Brincando (mas nem tanto), costumo volta e meia consultar esses blocos, os quais chamo carinhosamente de "meu cérebro"!!! .

Mapas mentais são inegavelmente ferramentas úteis para organizar brainstorms ("toró de parpites", em brasilieiro caipirês) e para também delinear processos e projetos. Clique aqui para ver a definição de mapa mental na wikipedia em português.

Já os mapas conceituais, da forma como sõa propostos por Joseph Novak, buscam, em linhas gerais, detalhar as ligações entre os termos que entram nos esquemas, através de elos de ligação. Clique aqui para ver a definição de mapa mental na wikipedia em português.

Tanto mapas mentais, quanto os mapas conceituais, podem ser feitos em meio digital no MS Office Word, no Powerpoint ou no BrOffice Writer e Impress ou, se você estiver afim de uma experiência de "raiz", em Paint. Contudo esses programas não são muito específicos para a realização de mapas mentais, dependendo da versão do programa, é melhor fazer o esquema em papel mesmo...


Figura. 1 Exemplo de mapa mental em papel
fonte: http://rcd.typepad.com/rcd/Au2004MindMapsSpecularTopic.png


Experimentei sistematicamente dois programas voltados à construção de mapas conceituais e mapas mentais. O CmapTools e o Freemind:

Para baixar o freemind:
http://freemind.sourceforge.net/wiki/index.php/Main_Page

Para baixar o cmaptools
http://cmap.ihmc.us/

Esses programas precisam do programa JAVA funcionando. Você pode baixá-lo ou atualizar esse programa na sua máquina no seguinte endereço:
www.java.com

O interessante notar é que, embora os softwares sejam para fazer uma mesma coisa, mapas mentais, a concepção e o grafismo desses mapas é pensada pelos desenvolvedores de software de maneira bem diferente.

O freemind constrói mapas a partir de um tema central, com estruturas hierárquicas. Eu o uso para apresentar uma linha de trabalho e a partir dali usar links que chamem outros documentos e planilhas. Eu uso para apresentações mais esturutradas de mapas conceituais já delineados.



Figura 2: Imagem de mapa mental construído com o software Freemind.
Fonte:http://static.sftcdn.net/br/scrn/34000/34379/freemind-11.jpg

Já o CmapTools trabalha em uma perspectiva mas da criação de mapas que não contenham um relação necessariamente hierárquica. Eu posso puxar várias setas de um mesmo objeto e manter o mapa sem um centro definido. Também posso linkar outro documentos a partir dele. Eu o uso mais para o trabalho de grafismo conceitual e brainstorms, por exemplo. Se instalado em servidor, o cmaptools permite a formação de mapas coletivos, utilizando vários computadores.

Uma aplicação deste software numa perpectiva para o desenovlvimento de mapas mentais
na prática pedagógica foi descrita por Ítalo Dutra e pode ser vista em:

http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2005/nfa/tetxt5.htm


Figura 3: mapa mental realizado com o CmapTools.
Fonte: http://fronteiras.pbwiki.com/f/Cmap%20Tools.JPG

Tanto o Freemind quanto o Cmpatools permitem a exportação do mapa mental em diferentes formatos, dentre eles em formato de imagem.

Minha dica para os professores é baixar cada um destes softwares ou testá-los online, conforme o caso, ir brincando com eles e ver com o qual mais se adapta, observando o que cada um deles deixa ou não fazer e vendo como eles podem nos ajudar em alguma situação pedagógica específica, como na montagem ou apresentação de esquemas mentais, por exemplo.

Além disso, existem na rede outros softwares capazes de gerar mapas mentais online, dentre eles:
http://www.bubbl.us/
http://www.mindomo.com/

Bom divertimento!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Blog da Psicologia da Educação

Para quem gosta de um blog com bom conteúdo sobre Psicologia na Educação, sugiro o trabalho do Prof. Paulo Slomp, da UFRGS. O professor há bastante tempo mantinha um site sobre o assunto, que já era bem bom. Slomp e sua equipe estão de parabéns por conseguirem transpor para o atual blog o conteúdo do antigo site (quem trabalha no desenvolvimento sabe que isso não é taõ simples quanto parece) atualizar, tanto em forma, quanto em conteúdo, um espaço de leitura e compartilhamento que já era bem interessante.

Siga o link para o blog, clicando aqui

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Como fazer sua monografia segundo a ABNT

A Universia Brasil lançou um material interessante e bastante útil para auxiliar os alunos a fazerem suas monografia de acordo com as regras da ABNT. Vale a pena conferir. Siga o link:

COMO-FAZER-SUA-MONOGRAFIA

O Poder de síntese: Em defesa do Twitter e outros microblogs

Há alguns dias postei um comentario sobre uma matéria de que o governo inglês iria propor uma reforma para as escolas de ensino fundamental, e que, dentre as ações, estava o ensino do twitter. Se você não leu este post, clique aqui. Obviamente, não me posicionei contrário ao ensino de novas tecnologias, mas de se trabalhar com serviços com "nome e sobrenome". Mesmo assim, algumas pessoas disseram que eu estava contra o "twitter" e tal. Pelo contrário, uso twitter e acho um barato o que se pode fazer com ele.

Apresento duas situações práticas:

Situação 1: Você está trabalhando com um problema de matemática com sua turma no lab de informática em um software antigo ou muito simples, que não permite uso em rede e quer socializar os resultados. Se toda a turma estiver no twitter, tem-se uma boa ferramenta para comparar resultados e discuti-los através de mensagens curtas, presencialmente com a turma do laboratório ou a distância (com quem não pode vir a aula, com outra turma, em outro laboratório, por aí vai...).

*** Na minha opinião, esses softwares de ensino de matemática, simplesinhos e off-line, os melhores, por nos dar maior agilidade na hora de planejar uma aula, por exemplo. Muitos destes softwares podem ser conseguido no site edumatec, do insituto de informática da UFRGS).

Ou,

Situação 2: Já notaram como as discussões sobre um sobre um conteúdo (texto, apresentação, video, etc.) seguem sempre "um lado só", normalmente lados "próximos" à opinião do professor e dos alunos mais falantes? O que os outros alunos, esses que ficam calados, estão a pensar, é um mistério. Talvez eles tenham coisas muito legais a dizer, mas tem medo/vergonha de expor as idéias, porque acham que vão estar falando "besteira", ou algum outro motivo.

Uma conversa "incrementada" com o twitter, com momento de registro no início da conversa, para arquivar o posicionamento e a interpretação de mais alunos do que daqueles que se pronunciaram , para discutir oralmente ou por mail depois. Pode-se fazer algo assim mais para o final da aula, a fim de sistematizar provisoriamente o que ficou da discussão.

Nesta segunda situação, surge um bom exercído do "poder de síntese", que aprendi com meu pai que me perguntava, quando acabava um livro, "e se tu fosses resumir o livro em uma frase, qual seria?". O exercício de sínteses tem uma visbilidade interessante no twitter, exatamente por user ma ferramenta que te obriga a escrever pouco. Um paradoxo que aprendi com minha orientadora, profe Margarete Axt, da UFRGS: em uma tecnologia, possibilidade e restrição se intercomunicam, e uma, não raro, leva a outra...

Claro, essas duas situações são somente exemplos. Teríamos de ver na prática se são realmente eficazes. Há outras possibilidades de utilização que nós, professores e alunos, podemos, utilizando a tecnologia em nosso favor e com nossa sensibilidade, aproveitar.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Para quem acha que adolescente só usa micro para falar no MSN I

Recomendo a leitura do post de Ana Beatriz Gomes sobre um vídeo que ajudou a ela a converter um projeto no camtasia para avi.

http://anabeatrizgomes.blogspot.com/2009/03/um-jovem-professor-virtual.html

Recomendo a visitação constante do blog de Ana Beatriz , http://anabeatrizgomes.blogspot.com. Lá sempre um texto bom, uma novidade ou fato curioso sobre tecnologias e educação.

Escolas primárias podem ter aulas de Twitter e Wikipedia no Reino Unido

Notícia do IDG NOw.

Resumo: Um rascunho de projeto de reforma curricular nas escolar primárias no Reino Unido aontando para tornar contúdo curricular as tencologias digitais vazou e está gerando polêmica na Inglaterra.

Para ler a notícia na íntegra, siga o link:

Escolas primárias podem ter aulas de Twitter e Wikipedia no Reino Unido - Internet - IDG Now!


Comentário:
Concordo que as escolas e os professores devem repensar o currículo em função das novas demandas sociais (ter um perfil interessante no orkut pode lhe ser tão útil quanto ter um currículo bem atualizado, por exemplo). Entre os objetivos da proposta, está dito na matéria que:

"as crianças devem deixar o ensino primário familiarizadas com blogs, podcasts, a Wikipedia e o Twitter como fontes de informação e meios de comunicação. Elas devem ganhar 'fluência' em escrita manual e digitação, aprender a usar um corretor ortográfico e a soletrar palavras.”

O vazamento da minuta deste projeto causou polêmica, segundo a matéria:

"O vazamento do rascunho do projeto gerou represálias por parte de sindicatos de professores, que alegam não terem sido consultados para a elaboração da proposta, bem como de especialistas que tiveram um prazo de três dias para apresentarem um parecer sobre o projeto."

De forma geral, penso ser válida a iniciativa de propor mudanças curriculares, mas o que deixa a desejar é a forma como propostas de modificações curriculares, envolvendo ou não tecnologias, aparecem via agentes externos, sem ouvir especialistas nem, sobretudo, professores. O caso é no Reino Unido, mas bem poderia ser aqui na terra brasilis.

Os professores estão em contato direto com o público, sabem, mesmo sem querer que sites os alunos navegam e a que redes eles estão se conectando. A "sintonia fina" de que recursos empregar e que tecnologias utilizar. eles é quem atuam como mediadores culturais junto aos alunos e são aqueles que estão em posição mais privilegiada de dizer algo sobre reformas curriculares.

No que se refer as qeustões mais tecnológicas, as intenções são boas, mas aguardo que os proponentes se prendam o mínimo possível a recursos e serviçoes. Propostas como ensinar "twitter", por exemplo, por ensinar, são meio precárias e parecem admirar a onda telemática por debaixo em vez de surfar sobre ela. Alunos, em meu entendimento, precisam de uma formação ampla e lidar com tecnologias as mais diversas. O twitter, por melhor que seja o recurso, é apenas uma delas. Ademais, tais serviços são efêmeros. Se o serviço "twitter", transformado em componente currícular, o que se ensinará no lugar dele?

A ideia parece ser promissora, mas acho que o vazou do documento deve ter sido a anotação de guardanapo que estava em meio ao rascunho do projeto, feita numa dessas reuniões de brainstorm (também conhecidas como "fuzuê de toró de palpite"). Espero que o projeto final ouça a todos os atores e se preocupe mais com conceitos que com funcionalidades.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

TV Digital : o que foi prometido e o que está acontecendo

Olá pessoal

Matéria da IDGNow para quem acompanha os caminhos da TV Digital, entre o prometido e o at'[e agora realizado. Siga o link:


TV Digital: desmistificando questões sobre o potencial da interatividade - Telecom e Redes - IDG Now!

Programador infante

Quem disse que estimulação precoce à aprendizagem não ajuda? Para programar, pelo menos, ajuda. Siga o link para saber mais:

Menino de 9 anos escreve programas para iPhone - 05/02/2009 - Reuters - Tecnologia

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Visões da Terra

Vou logo propondo o exercício. Olhem os dois mapas abaixo e observem a data:


T-O map from the Etymologiae of Isidorus, 1472(Kraus 13).


Nova Orbis Rabula - Hjaillot - 1694

O que aconteceu em pouco mais de 200 anos para que o jeito de representar o espaço através de mapas mudasse tanto?

Na disciplinas de quinta-feira do PPGEdu da UFRGS que vimos realizando este semestre, sobre polifonia e Bakhtin, embalados pela crítca deste pensador à ciência moderna, Acabei mencionando as modificações na forma de representar mapas ao longo da história ocidental. Fica a pergunta. Essas modificações foram somente em função as grandes navegações? Mudaram os aparatos técnicos de cartografia? Mudaram os sentidos atribuídos aos mapas? Ou tudo isso junto?

Estava pensando nisso quando me deparei com o tema da mensagem de hoje. É sobre uma exposição que está acontecendo em São Paulo, na Estação Ciência da USP. A exposição "Visões da Terra", já realizada em plagas sulistas, tem como curador-geral Rualdo Menegat, Doutor em Geociências e professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia da UFRGS. Versa sobre as represntações do homem sobre a Terra, e sobre as mudanças dessas representações

O cerne da questão e que as modificações na forma de constituir mapas não estão ligadas somente a aspectos técnicos da cartografia, mas também a aspectos históricos-sociais, à religião, ao comércio, aos usos que se fazem de mapas e os sentidos que são produzidos nesta utilização, que acabam por demarcar, no "tempo" e no "espaço", inclusive, as formas de se representar o espaço.

Sem mais delongas e complicações segue o álbum do uol sobre a exposição
http://diversao.uol.com.br/album/visoes_da_terra_album.jhtm

domingo, 2 de novembro de 2008

Grupo do LELIC em Oficina na Feira do Livro

Este post é para informar que um grupo do LELIC (Labortório de Estudos em Linguagem, Interação e Cognição) da FACED/UFRGS, composto por Evandro Alves, Camila Prates e Bianca Roque vai fazer uma oficina na 54a. Feira do Livro de Porto Alegre. A atividade, denominada "Tertulias para ler, escrever e conversar", ocorrerá em três datas: 05/11; 10/11 e 12/11, na sala O Retrato do Centro Cultural da CEEE Érico Veríssimo, na Rua dos Andradas, 1223 – Porto Alegre/RS. O Horário é das 16 às 17:30H. Se puderem aparecer para dar uma olhadinha, são mais do que bem-vindos.

As tertúlias são oficinas de escrita e leitura através da discussão de textos literários e de exercício de escrita e criação. Fundamenta-se em um trabalho que esse grupo do LELIC vem desenvolvendo junto a alunos da Educação de Jovens e Adultos em um a pareceria com Centro Municipal de Educação do Trabalhador Paulo Freire (CMET Paulo Freire), vinculado à Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre.

A oficina está com boa procura e pelo jeito teremos um belo trabalho para mostrar na seqüência. Agurdem novidades.

O QUE:
Tertulias para ler, escrever e conversar - oficinas de escrita e leitura através da discussão de textos literários e de exercício de escrita e criação

QUANDO: 05/11; 10/11 e 12/11, das 16 às 17:30

ONDE:
Centro Cultural da CEEE Érico Veríssimo, na Rua dos Andradas, 1223 – Porto Alegre/RS.

Para informações adicionais sobre a 54a Feira do Livro, que vai de 30 de outubro à 16 de novembro de 2008, clique aqui.