Há alguns dias postei um comentario sobre uma matéria de que o governo inglês iria propor uma reforma para as escolas de ensino fundamental, e que, dentre as ações, estava o ensino do twitter. Se você não leu este post, clique
aqui. Obviamente, não me posicionei contrário ao ensino de novas tecnologias, mas de se trabalhar com serviços com "nome e sobrenome". Mesmo assim, algumas pessoas disseram que eu estava contra o "twitter" e tal. Pelo contrário, uso twitter e acho um barato o que se pode fazer com ele.
Apresento duas situações práticas:
Situação 1: Você está trabalhando com um problema de matemática com sua turma no lab de informática em um software antigo ou muito simples, que não permite uso em rede e quer socializar os resultados. Se toda a turma estiver no twitter, tem-se uma boa ferramenta para comparar resultados e discuti-los através de mensagens curtas, presencialmente com a turma do laboratório ou a distância (com quem não pode vir a aula, com outra turma, em outro laboratório, por aí vai...).
*** Na minha opinião, esses softwares de ensino de matemática, simplesinhos e off-line, os melhores, por nos dar maior agilidade na hora de planejar uma aula, por exemplo. Muitos destes softwares podem ser conseguido no site
edumatec, do insituto de informática da UFRGS).
Ou,
Situação 2: Já notaram como as discussões sobre um sobre um conteúdo (texto, apresentação, video, etc.) seguem sempre "um lado só", normalmente lados "próximos" à opinião do professor e dos alunos mais falantes? O que os outros alunos, esses que ficam calados, estão a pensar, é um mistério. Talvez eles tenham coisas muito legais a dizer, mas tem medo/vergonha de expor as idéias, porque acham que vão estar falando "besteira", ou algum outro motivo.
Uma conversa "incrementada" com o twitter, com momento de registro no início da conversa, para arquivar o posicionamento e a interpretação de mais alunos do que daqueles que se pronunciaram , para discutir oralmente ou por mail depois. Pode-se fazer algo assim mais para o final da aula, a fim de sistematizar provisoriamente o que ficou da discussão.
Nesta segunda situação, surge um bom exercído do "poder de síntese", que aprendi com meu pai que me perguntava, quando acabava um livro, "e se tu fosses resumir o livro em uma frase, qual seria?". O exercício de sínteses tem uma visbilidade interessante no twitter, exatamente por user ma ferramenta que te obriga a escrever pouco. Um paradoxo que aprendi com minha orientadora, profe Margarete Axt, da UFRGS: em uma tecnologia, possibilidade e restrição se intercomunicam, e uma, não raro, leva a outra...
Claro, essas duas situações são somente exemplos. Teríamos de ver na prática se são realmente eficazes. Há outras possibilidades de utilização que nós, professores e alunos, podemos, utilizando a tecnologia em nosso favor e com nossa sensibilidade, aproveitar.